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MARIA ISABEL MEDRANO
( México )
Nasceu em Chihuahua, México. Licenciada em Letras Espanholas. Obteve um secretariado bilingue, e também seminários sobre Literatura Norteamericana.
Autora do poemário "Dentro del Espejo, la Espera".
Participou da Feira Internacional del Libro, Buenos Aires, Argentian e do 5º. Encuentro Internacional Abrace, Montevideu, Uruguai.
TEXTOS EN ESPAÑOL – TEXTOS EM PORTUGUÊS
LETRAS DEL DESAMOR. Selección de Poesia de Autores Contemporáneos. Montevideo: Bianchi editores; Brasilia: Edições Pilar, s. d. 272 p. ISBN 99574-663-82-2
Ex. bibl. Antonio Miranda
De la Natura del Tabaco
1.
En el Caribe
hojas mulatas nacen
un primer día.
Al atardecer
cosechan el tabaco
musicándolo.
Uno a uno
exhalan los sentidos
olfatogusto.
Mujeres bellas
valientes en su tono
desafiándolos.
El cigarrillo
disfraz de débiles y
viudas-tentación.
Ritual en la selva
llanto incesante con
palmeras en cruz.
2.
En el desierto
camino paralelo
espejonubes.
3.
Nubes oscuras
luciérnagas fundidas
muerte sorpresa.
4.
Lápiz de acero
palabra fluida un
florero roto.
5.
Mueren las aves
lentamente se mueren
corcho sin agua.
6.
Domingo
sol abierto
alas de mariposa
juegan
juegan
Dominó
música afuera
El silencio me ahorca
tamal de mole
atole
desayuno lento.
Domingo de todos y de nadie
cuentagotas
calendario
Duermevela
Vuelvo al silencio
Cosquillea
este domingo
nuevamente
inventado
arcoíris a cuestas
Todo el verano
sin primavera
mariposa de papel
un mil colores sobre un lienzo
Aquella música calló
palabras entorpecidas por el arrullo
de un calendario novísimo
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA
Da Natureza do Tabaco
1.
No Caribe
Folhas mulatas nascem
no primeiro dia.
Ao entardecer
colhem o tabaco
musicalizando-o.
Um a um
exalam os sentidos
gosto do olfato.
Mulheres belas
valentes em seu tom
desafiando.
O cigarro
disfarce de débeis e
viúvas-tentação.
Ritual na selva
pranto incessante com
palmeiras em cruz.
2.
No deserto
caminho paralelo
espelho de nuvens.
3.
Nuvens escuras
vagalumes fundidos
morte surpresa.
4.
Lápis de aço
palavra fluída um
floreiro roto.
5.
Morrem as aves
lentamente morrem
rolha sem água.
6.
Domingo
sol aberto
asas de borboleta
brincam
brincam
Dominó
música lá fora
O silêncio me enforca
pamonha
mingau
café da manhã lento.
Domingo de todos e de ninguém
contagotas
calendário
Sonolenta
Regresso ao silêncio
Cócegas
neste domingo
novamente
inventado
arco-íris às costas
Todo o verão
sem primavera
mariposa de papel
mil cores sobre um lenço
Aquela música calou
palavras entorpecidas pelo arrulho
de um calendário novíssimo
*
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Página publicada em outubro de 2022
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